segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Minha última homenagem é não ficar triste

Apocalipse 21:4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Quando a fé cristã passou a fazer sentido para mim, senti uma vontade enorme de viver essa experiência em comunidade. Lembrei-me que em frente à minha casa havia uma igreja. Foi ali, na Igreja Presbiteriana da Aldeota, que comecei a dar os primeiros passos de uma caminhada que ainda hoje é parte essencial da minha vida.

Jamais vou me esquecer do líder daquela comunidade, pastor Helnir de Melo Cortez. Graças à sua maneira sábia e sempre acolhedora de conduzir as questões humanas, eu e minha família fizemos parte daquela igreja por vários anos, recebendo o cuidado de Deus num momento tão importante de nossa vida espiritual.

Não foi fácil receber a inesperada notícia de sua morte repentina. Ainda mais, acompanhada do lamentável detalhe de ter sido em consequência de um assalto na porta da sua residência. É difícil encontrar uma explicação para um gesto insano de se atirar numa pessoa indefesa e de uma conduta sempre tão gentil e alegre.

Mas a realidade é que Helnir Cortez já não está mais conosco. Porém, a última homenagem que lhe presto é não ficar triste. Pela simples razão de que foi com alegria que ele sempre viveu. E para que muitos possam um dia desfrutar dessa alegria, foi que ele dedicou toda uma vida. Por isso, que vá embora a tristeza.


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