terça-feira, 21 de abril de 2009

O custo elevado da democracia

"Então, o SENHOR disse a Samuel: Atende à sua voz e estabelece-lhe um rei." (1 Sm 8.22)

Sou de uma geração em que não havia muita abertura para questionamento daquilo que os pais nos diziam para fazer. O modelo era bem básico, do tipo "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Com isso, se economizava tempo e energia em discussões intermináveis, deixando a vida mais simples. Por outro lado, crescíamos sem o exerício valioso da reflexão pelo contraditório, tornando a maturidade pessoal um processo bem demorado.


Como todo pai, tenho hoje a responsabilidade pela educação de filhos que não aceitam qualquer tipo de imposição. Afinal, muito cedo eles já dispõem de um mundo gigantesco de informações. Além disso, vivemos num contexto cultural marcado pela indiferença às verdades absolutas. Portanto, só nos cabe encarar o desafio e, com paciência e abertura ao diálogo, fazer o possível para contribuir com a formação deles. E, nesse processo, aprender muito também.

Quando penso nisso e observo que o Congresso Nacional (Câmara e Senado) gasta o equivalente a R$ 5,6 bilhões por ano, constato o custo elevado da democracia. Tais cifras correspondem ao dobro dos investimentos com o desenvolvimento da educação profissional e tecnológica feitos no País. Ou a cinco vezes o montante dos recursos alocados para o ensino da pós-graduação e da pesquisa científica. Tal como a educação dos filhos nos dias atuais, o jeito é ter paciência e acreditar que a democracia ainda é o melhor caminho.

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