
Por volta dos 12 anos, experimentei uma época de grande prosperidade. Os negócios conduzidos por meus pais estavam em plena ascensão. Talvez querendo aplacar a culpa pela ausência na educação dos filhos, deles eu recebia uma generosa mesada de fazer inveja a qualquer garoto da mesma idade. Porém, o dinheiro fácil me levou a perder o foco. Passei a trocar as aulas por distrações de todo o tipo e quase fui reprovado na escola.
A atual crise econômica está permitindo ao Brasil ampliar sua importância no cenário internacional. Graças a um sistema bancário sólido, um forte mercado interno, uma pauta diversificada de exportações e a uma situação privilegiada em termos de reservas, ganhamos destaque entre os países emergentes. A ponto do presidente Lula ter sido alvo de um elogio inusitado de Barack Obama, presidente dos EUA, ainda a princial potência global: "Esse é o cara.". Entretanto, precisamos continuar com os pés no chão. Ainda há muito por fazer, até consolidarmos nossa posição de proeminência nos centros de poder mundial.
Por isso, uma postura inteligente é reconhecer a existência de ciclos. Na natureza. Na vida. Na economia. Quem enxerga as coisas dessa maneira, mantém a atitude proativa de viver com equilíbrio. Desfruta dos bons momentos, mas não a ponto de esquecer o risco de que nem sempre o céu será de brigadeiro. Com serenidade, continua fazendo o que é devido, na única certeza de que Aquele lá de cima nunca lhe abandonará.
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