"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Rm 8.28)
Há alguns anos, minha sogra, viúva, decidiu morar conosco. Ela entendeu que deveria passar os preciosos anos da melhor idade ao lado da filha e das netas. Temos nela uma pessoa que nos ajuda muito, especialmente naquelas tarefas simples mas essenciais para o dia-a-dia de uma casa. Contudo, há algo que ela já deixou bem claro: não tolera animais dentro de casa. Certa vez, ao cogitarmos um bichinho de estimação para nossas filhas, dona Helena nos ameaçou: "ou ele ou eu."
É o oposto de dona Jô. Conheci-a recentemente, ao gritar do meio da rua pedindo-me carona. Estava aflita para encontrar ainda aberta uma agência bancária. Precisava de dinheiro para pagamento de dívidas contraídas com a compra de alimentação para seus cinquenta gatinhos. Não pense que você leu errado. De fato, são meia centena de felinos e, ainda de quebra, sete cachorros que vivem juntos com dona Jô. Diferentemente de minha sogra, quando foi encostada na parede pelo marido, dizendo "ou eu ou eles", dona Jô respondeu sem hesitar: "fico com meus bichinhos".
Com ou sem gatos, todos nós precisamos de um propósito para viver. Sem objetivos não faremos boas escolhas, pois todos os caminhos nos parecerão apropriados. Quando as circunstâncias nos sugerem que o melhor é desistir, são nossos alvos que nos dão motivo para continuar seguindo em frente. E, além disso, devo confessar, ainda não descobri nada mais gratificante do que uma meta conquistada.
sábado, 7 de novembro de 2009
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