sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O valor da experiência

"Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jr 29.13)

Ao longo de mais de 30 anos de trabalho, tive o privilégio de conhecer muita gente interessante. Uma dessas pessoas que já mais esquecerei foi o colega Jurenville. Simples, leal e com um bom humor daqueles que, como diz o ditado, "perdia o amigo mas não dispensava a piada". Trabalhava em atendimento e, certo dia, recebeu uma ligação de um usuário raivoso dizendo que ele deveria resolver logo o problema, pois estava "chovendo de ligações". No que Velho Ju prontamente respondeu: "é só comprar um guarda-chuva".


Recentemente, sonhei que participava de um treinamento e fui surpreendido com a presença do Jurenville no evento. Mesmo achando aquilo estranho, pois sabia que o Velho Jú já não estava mais entre nós, tratei de aproveitar aquele momento e matar um pouco da saudade do tão estimado colega. A empolgação foi tamanha que convenci o Velho Ju de que fosse comigo rever um outro grande conhecido nosso. No meio do caminho, ao tentar ligar para o colega avisando que estávamos a caminho, inesperadamente, o Velho Ju desaparece.


Além de rememorar uma pessoa tão querida como o Jurenville, fiquei pensando o que mais esse sonho poderia evocar de bom. Talvez nos ensinar o valor das experiências em nossas vidas. Afinal, elas são únicas. "Não se toma banho duas vezes no mesmo rio", já dizia o filósofo. São também pessoais, pois a mesma experiência na vida de uma outra pessoa se torna absolutamente distinta. E inalienáveis, já que ninguém tem o poder de nos tirar o legado das experiências que se constituem a essência da nossa própria vida. Mas cabe um alerta: toda riqueza existente nas experiências de fato são transformadoras quando vividas de maneira intensa e profunda.

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