segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Cuidado com as conclusões apressadas

"Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte." (Pv 16.25)

Minhas filhas são muito vaidosas. Uma delas desde pequena reclama de um diastema nos incisivos superiores. Apesar de ser apenas uma pequena separação entre dois dentes, ela nunca se conformou com aquilo, achando que só lhe trazia prejuízos. Até que uma revisão odontológica mudou completamente sua compreensão desse fato.

O dentista constatou que, apesar de ter passado dos 20 anos, Amanda ainda tinha um dente de leite obstruindo o nascimento de um canino permanente. E o mais curioso foi o diagnóstico do especialista de que a erupção do novo dente só iria acontecer normalmente graças à existência do diastema nos incisivos. Isso mesmo, aquela característica que minha filha via como um "defeito" era agora a solução de um grande problema.

É frequente nos apressarmos nas nossas conclusões para logo em seguida descobrirmos que estávamos completamente enganados. A realidade é complexa e nossa percepção é limitada. Temos uma memória quase sempre muito curta. Lidamos com muitos pontos cegos quando tentamos enxergar o presente. E a visão do futuro existe apenas como fruto da nossa imaginação. Por isso, assim como canja de galinha, humildade e prudência não fazem mal a ninguém.

Publicado no jornal O Povo


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