Tenho o privlégio e a alegria de ainda ter mãe e poder estar com ela semanalmente. Um dia desses, fui entrando na casa dela e fiz um comentário sobre um Cristo crucificado que existia na parede: "Mãe, Cristo não está mais pregado na cruz. Ele está vivo". De vez em quando, principalmente na época da Páscoa, ela me lembra o quanto essa frase foi importante para a formação espiritual dela.
De fato, o próprio apóstolo Paulo, responsável pela divulgação mais ampla do Evangelho em seus primeiros anos, além de autor de treze dos vinte e sete livros do Novo Testamento, nos advertiu de maneira veemente que a crença no Jesus Ressuscitado é o âmago da fé cristã: "E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé (1 Co 15.14).
Paradoxalmente, crer no Jesus Ressuscitado não é tarefa fácil para uma fé cristã sincera. Talvez seja por isso que o Evangelho de Marcos, para muitos considerado o texto fundamenal para a espritualidade cristã, termine com a reação de perplexidade das primeiras mulheres que testemunharam o túmulo aberto e vazio: "Então, elas saíram e fugiram do túmulo, apavoradas e tremendo. E não contaram nada a ninguém porque estavam com muito medo" (Mc 16.8).
quarta-feira, 31 de março de 2010
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