"Ela fez tudo o que pôde, pois antes da minha morte veio perfumar o meu corpo para o meu sepultamento."
(Mc 14.8)
Muito cedo, por absoluta necessidade, tive que começar a trabalhar. Meu pai foi embora, deixando minha mãe, e mais três filhos, completamente desamparada. Ingressei no mercado de trabalho através de concurso público. Na época, a coisa estava tão feia que, no dia da prova, não tive condições sequer de tomar café da manhã.
Jamais esquecerei da atitude da minha mãe naquela ocasião. Ela acompanhou-me até o local da prova e vendo a situação crítica do filho, fez o que deveria. Tirou do bolso o único dinheiro que tinha e comprou um delicioso lanche que me permitiu fazer o exame sem o ônus da fome. O resto é história de uma trajetória profissional que já dura mais de 30 anos na mesma empresa que realizou aquele concurso.
Diante da crise atual, talvez o episódio acima nos ofereça algumas lições. Encarar a gravidade da situação é o começo de tudo. Agir com o elevado senso de urgência que o momento requer. Fazer o que for possível, lançando mão dos meios e recursos que contribuam para a solução. Jamais esquecer que qualquer dificuldade se torna mais branda quando enfrentada ao lado de outros. E confiar nAquele lá de cima que sempre reconhece quando damos conta da nossa parte.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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