ele entregou os seres humanos aos seus maus pensamentos,
de modo que eles fazem o que não devem. (Rm 1.28)
Não se fala noutra coisa. Confesso que nunca tinha visto a mídia dar tanta cobertura a um assunto. As circunstâncias do crime. A expectativa dos laudos periciais. A espera pela investigação dos aspectos psicológicos envolvidos. A ansiedade para se conhecer as razões para um ato tão brutal. Some-se a isso a curiosidade humana para entendermos o interesse da sociedade em acompanhar de perto esse caso.
É fato que não se trata de um acontecimento isolado. Temos sido expostos a uma crônica de horrores de violência infantil: a tortura da empresária de Goiânia a uma menina de 12 anos em sua área de serviço, a garota que pulou da janela do quarto andar para fugir do pai agressor, as crianças que ganharam bolo envenenado da vizinha, o menino de nove anos que foi marcado com um ferro em brasa e o bebê jogado na lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, em 2006.
Não quero diminuir seu interesse em continuar observando os desdobramentos desse ato condenável que tirou a vida da inocente Isabella Oliveira Nardoni. Permita-me, porém, antecipar algumas conclusões a que você chegará quando todos os fatos dessa barbárie estiverem devidamente esclarecidos. Talvez não seja nenhuma novidade. Mas vale a pena lembrar.
O ser humano tem consciência da existência de Deus. Porém, em sua inclinação para o mal, ele decidiu viver de maneira independente, recusando o convite de Deus para segui-Lo. Deus respeita essa escolha e deixa que o homem siga o próprio caminho. O resultado está aí. Nossa pequena Isabella como vítima de uma dimensão monstruosa e incontrolável do ser humano que parece não fazer qualquer sentido.
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